O doce de jaca, também conhecido como compota de jaca, é uma das joias da doçaria nordestina — simples, rústico e cheio de sabor da terra. Feito com a polpa da jaca cozida lentamente em calda de açúcar, o doce ganha uma textura macia, levemente caramelizada e um perfume tropical irresistível.
Na receita tradicional, a jaca firme é a estrela: seus pedaços são mergulhados em uma calda feita com açúcar, água e, às vezes, um toque de cravo-da-índia e manteiga, que realçam o aroma e dão brilho. O resultado é um doce dourado, de sabor marcante e equilibrado entre o adocicado da fruta e o leve amargor do caramelo.
Ingredientes
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500 g de polpa de jaca firme (já sem caroço)
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500 g de açúcar cristal (ou aproximadamente a mesma proporção açúcar : polpa)
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300 ml de água (aproximadamente)
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1 colher de sopa de margarina ou manteiga (opcional)
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4 a 6 cravos-da-índia (opcional, para aroma)
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Uma pitada de sal (ajuda a realçar sabor, opcional)
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Se quiser: um pouco de suco de limão ao final para dar brilho e evitar escurecimento (como em receitas de doce de jaca em calda)
Instruções
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Prepare a jaca: retire os caroços dos bagos, limpe bem a polpa e separe sem a casca fibrosa grossa.
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Em uma panela média, adicione a água, o açúcar e os cravos (se estiver usando). Leve ao fogo médio até formar uma calda leve. Se usar margarina/manteiga, adicione-a agora.
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Quando a calda estiver quase no ponto (começando a espessar ou mudar de cor ligeiramente), adicione a polpa da jaca. Mexa com cuidado para que a polpa se espalhe na calda e comece a cozinhar por igual.
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Reduza o fogo para baixo e continue mexendo de vez em quando até que o doce comece a soltar do fundo da panela (no caso de barra) ou atinja consistência de compota: a polpa fica macia, bem incorporada à calda espessa. Dica: fogo muito alto pode queimar ou salpicar.
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Quando estiver no ponto desejado (se quiser barra firme: retire quando desgrudar; se quiser compota macia: desligue quando a polpa estiver translúcida e a calda encorpada) – desligue o fogo. Se usar limão, adicione agora e misture.
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Coloque em um recipiente untado (ou leve à forma) e deixe esfriar completamente. Depois de frio, corte em pedaços se for barra. Se for compota, armazene em vidros esterilizados, feche bem e conserve na geladeira até servir.
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Sirva em temperatura ambiente ou levemente gelado. Acompanha bem queijo minas, nata ou até como recheio de bolos.
Dicas extras & contexto
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O uso de jaca firme (“jaca dura”) ajuda a manter textura e evitar que se desfaça demais.
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Se o doce ficar mole demais, volte ao fogo mais um pouco para reduzir a calda ou deixar soltar do fundo da panela.
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Pode adaptar essa receita para compota (mais macia) ou “barra” doce (mais firme). A consistência depende do tempo de cozimento.
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Para melhor sabor, escolha jacas maduras, mas ainda firmes; evite frutas muito maduras que fiquem “mole demais” e percam estrutura.
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Armazenamento: se for compota, vidro bem fechado e geladeira; se for barra, em recipiente seco e bem fechado.
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Essa iguaria é bastante tradicional em algumas regiões do Brasil, refletindo os sabores tropicais da fruta jaca combinados ao açúcar e ao fogo lento.